Dentes extraídos

podem ser doados para ajudar na evolução da Odontologia

 Especialistas afirmam a importância da doação de dentes ao biobanco para estudos

Quando um dente precisa ser extraído — seja por questões de cárie, infecções ou problemas de alinhamento — ele não precisa ser necessariamente descartado, mas pode ser doado para ser usado em estudos.

Enquanto muitos pacientes podem se perguntar se há algum destino ao dente retirado, o futuro do órgão dental envolve mais do que simples descarte. “É possível doar um dente extraído. É preciso esclarecer ao paciente que este dente é um órgão que está sendo extraído porque não teve condição de ser tratado, e ele pode ser um doador”, explica o Dr. José Imparato, conselheiro do Conselho Regional de Odontologia de São Paulo (CROSP). Com a devida autorização do paciente, esses dentes podem ser destinados a estudos científicos que podem transformar o conhecimento na área da dontologia.

A doação de dentes extraídos pode ser feita para biobancos de dentes humanos (BDH), como o da Universidade de São Paulo (USP), que coleta e armazena dentes para futuras pesquisas odontológicas. Para que a doação ocorra, é necessário o preenchimento de um Termo de Consentimento Livre e Esclarecido (TCLE), como exemplifica a presidente da Câmara Técnica de Odontologia Legal do CROSP, Mônica Fuoco. Dessa forma, o paciente autoriza o uso de seu dente para estudos científicos. O TCLE garante que a doação seja realizada de forma ética, com transparência sobre o uso do material.

Dentes extraídos podem ser doados para ajudar na evolução da Odontologia

 

“Doar um dente pode parecer algo pequeno, mas para a ciência, é um grande passo. Esses dentes podem ser utilizados para pesquisas sobre doenças dentárias, novas técnicas de tratamento e até mesmo na regeneração dental.”

 

 

 

Biobanco de Dentes Humanos

 

O Biobanco de Dentes Humanos da USP é uma das principais instituições no Brasil que coleta dentes para pesquisa. A doação pode ser feita presencialmente ou por correio. O processo é simples: o doador deve enviar o dente, junto a uma carta com informações pessoais (como nome, RG, CPF e endereço), além de declarar se deseja ou não ser consultado sobre o uso do material em futuras pesquisas. 

A prática de doação de dentes, embora não muito conhecida, tem ganhado destaque nos últimos anos, especialmente no campo da pesquisa odontológica. A possibilidade de doar dentes para biobancos pode contribuir significativamente para o avanço de tratamentos e técnicas odontológicas, “qualquer dente pode ser doado, dente cariado, dente restaurado. A mamãe que tem um dente de leite guardado em um armário em uma caixa, pode doar, qualquer um pode”, comenta Dr. José Imparato.

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